Amamentar ajuda a prevenir o câncer de mama? Tire essa e outras dúvidas sobre amamentação e a doença - Cabeça de Criança

Amamentar ajuda a prevenir o câncer de mama? Tire essa e outras dúvidas sobre amamentação e a doença

câncer de mama



Foto de Mehmet Turgut Kirkgoz no Unsplash

Outubro é o mês da conscientização e prevenção do câncer de mama, uma das doenças que mais atingem mulheres em todo o mundo. Mas o que muitas mulheres não sabem é que a amamentação ajuda a prevenir a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, o risco de contrair a doença diminui 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação. Isso porque, durante o período de aleitamento, as taxas de determinados hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer caem.

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“Além disso, alguns processos que ocorrem na amamentação promovem a eliminação e renovação de células que poderiam ter lesões no material genético, diminuindo, assim, as chances de câncer de mama”, diz Patrícia Rezende, pediatra do Grupo Prontobaby.

Veja quais são as principais dúvidas surgem a respeito de amamentação e câncer de mama e as respostas da médica:

1 – A mulher pode desenvolver câncer de mama durante a amamentação ou logo após amamentar?

Sim, é possível. É importante que, durante essa fase, as mulheres não confundam um ducto de leite entupido com um tumor. Caso sinta algum nódulo endurecido, procure o seu médico e converse com ele.

2 – Caso a mulher receba o diagnóstico de câncer de mama durante o período de amamentação, ela precisa deixar de amamentar? 

Cada caso é um caso. A doença e o tratamento podem dificultar na amamentação, é preciso seguir as orientações do médico.

3 – Uma mulher que já teve câncer de mama pode amamentar?

Depende de cada caso. Por exemplo, se a mulher teve que fazer a retirada da glândula da mama, mesmo que coloque prótese, ela não vai ter as células que produzem o leite e, assim, não poderá amamentar. Mas, se uma das mamas ficou preservada, é possível sim amamentar. O diagnóstico de câncer de mama não é, obrigatoriamente, uma proibição para uma amamentação futura, mas cada caso deve ser avaliado junto ao médico.

4 – Alteração no cheiro e coloração do leite materno podem significar alguma doença?

Algumas vezes, sim. No entanto, no início da amamentação, é comum sair um leite de coloração um pouco amarronzada ou acobreada, e isso é normal. A melhor coisa a se fazer é comunicar qualquer alteração ao médico, para que ele possa avaliar se a alteração é patológica ou não, já que qualquer saída de secreção de outra cor pelo mamilo deve ser investigada.


5 – Além de nódulos e alterações na coloração do leite, a quais outros sinais as mulheres devem estar atentas?

A mulher também deve ficar atenta a alterações na pele da mama. Se a mulher notar que essa mama está com uma textura parecida com uma casca de laranja, por exemplo, deve passar isso para o seu médico.

6 – É possível fazer a mamografia se eu estou amamentando?⁣

⁣Sim, você pode fazer o exame se está amamentando. Porém, o diagnóstico de um possível problema  pode ser mais difícil, ou pode haver a necessidade de exames adicionais. Por isso, verifique com o seu médico se o exame deve ser feito nesse momento ou se é possível esperar, principalmente se você pretende desmamar em breve.

7 – Como posso estimular minha produção de leite se já tive câncer de mama?⁣

A ideia é pensar em estimular com maior intensidade a mama preservada. Você pode pensar em oferecê-la ao bebê com maior frequência após o nascimento e, desde o princípio, aumentar a intensidade do estímulo, fazendo ordenhas manuais ou com bomba elétrica após cada mamada. ⁣


6 – É arriscado amamentar após o câncer de mama?⁣

Estudos já comprovaram que a amamentação após a remissão da doença não aumenta os riscos de reincidência.

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