A atriz Samara Felippo tem feito uma série de desabafos sobre a maternidade eu seu perfil no Instagram.
No último domingo, ela escreveu que decidiu “burlar o capitalismo que nos extorque durante o ano inteiro.”
“Não passamos um mês sequer sem ter a ânsia de chegar aquela data comemorativa e consumir. (…) Não dou presente nem em festinha de amiguinho de filho hoje em dia. Elas fazem um desenho, pintam uma tela, amarram uma fita e dão com todo carinho pro amigo(a). Nos vemos na obrigação de dar presente o tempo todo. (…) Eu não quero presente filhas!!! Nem quero que vocês se preocupem se é dia da mãe ou nao. Meu lugar junto de vocês é cativo e vitalício, é amor e parceria. É todo dia!! Imagina se eu resolvo não passar o dia das mães com minhas filhas? Quantos irão pegar o dedão e apontar!? Quer dar presente pra uma mãe? Fique com os filhos dela e a deixe ir pra balada dançar, encher a cara se quiser, e acordar em paz e com tempo de recuperação da ressaca (presentão) Dê uns dias num spa. (…)
Ouuuuu compre de uma mãe! Tantas mulheres fazendo coisas incríveis por aí. Marca seu trabalho aqui ou marque uma mãe empreendedora.”
Samara já tinha feito reflexões importantes sobre o que é ser mãe em posts anteriores.
“Gravida pela segunda vez, eu tive que deixar um dos projetos mais importantes da minha carreira, gravida das duas vi minha vida, trabalho e corpo transformados. Mas eu ainda romantizava a maternidade. Ser mãe era aceitar tudo, ficar calada e jamais, JAMAIS dizer que você não gosta daquilo. Você escolheu e será recompensada pelo amor incondicional dos seus filhos.”
“Não vou admitir que duvidem do amor imensurável que tenho pelas minhas filhas, mas vendem a mãe plena e não falam do lado B. (…) E quando a maternidade é idealizada causa sofrimento, impedindo muitas mulheres de aproveitarem o lado realmente bom. Pra mim a maternidade não é linda, lindo é o amor que nasce junto com eles e toda a parceria que é conquistada. (…) Abro esse lugar de fala e luta pelo fim da invisibilidade de muitas mães. Mães que não voltam ao mercado de trabalho, que veem seus corpos transformados, que desistem de sonhos, que adoecem, que se colocam em segundo plano. Não é errado falar isso, pelo contrário, é nosso papel social.
Desromantizar a maternidade também é sobretudo respeitar a diversidade, de mães adotivas, mães trans, mães lésbicas, mães solo, mães casadas… “Mãe é mãe”, mãe não padece no paraíso, nem toda mãe é igual a você ou a sua mãe. A vida de mãe não é, nem tem de ser perfeita.”
Samara também fez, nesta terça-feira, uma brincadeira de expectativa x realidade, postando uma foto linda dela com as filhas, todas arrumadas, sorrindo e bem comportadas, e ao lado um vídeo das filhas fazendo aquela balbúrdia de barulho de instrumento musical, misturado com choro, que são aqueles sons típicos de casa com criança que às vezes enlouquece os pais.
A atriz dividiu com seus seguidores como é difícil ser responsável pela vida de uma criança.
“É muita responsa decidir pela vida de outro, uma escolha SUA afeta toda a vida deles. Um hábito seu é sugado de forma famigerada por eles. Me sinto só e cansada psicologicamente nessas decisões da vida das duas mas eu sigo meu instinto. Não o materno, porque pra mim isso não existe, mas na minha sabedoria e força de mulher para guia-las. No meu amor por querer vê-las felizes e fortes pra enfrentar todo e qualquer obstáculo que possa vir a surgir na caminhada delas.”
A atriz faz um trabalho importante, usando sua visibilidade para propor reflexões que podem tirar um peso dos ombros de mães que sempre acham que não estão fazendo o suficiente por seus filhos.