Cada vez mais jovens estão sendo contaminados pelo novo coronavírus nos Estados Unidos. Segundo a AP, as autoridades americanas acreditam que a alta de casos de covid-19 entre crianças e adolescentes tem sido impulsionada pela reabertura de escolas e pela retomada de outras atividades.
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Crianças representam agora 10% de todos os casos de covid-19 nos EUA, contra 2% em abril, informou, na última terça-feira (29), a Academia Americana de Pediatria. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) constataram que a incidência da doença em crianças em idade escolar passou a aumentar no início de setembro, quando muitos estudantes voltaram às salas de aula.
Segundo afirmou Sally Goza, presidente da Academia Americana de Pediatria, em nota à AP, embora as crianças geralmente não fiquem tão doentes com o coronavírus quanto os adultos, elas não são imunes e há muito a aprender sobre a facilidade com que podem transmiti-lo a outras pessoas.
Enquanto muitos casos de covid-19 em estudantes universitários têm sido relacionados a festas e bares, crianças em idade escolar podem contrair o coronavírus em brincadeiras, festas do pijama e outras atividades, destaca Leana Wen, especialista em saúde pública da Universidade George Washington, já que, compreensivelmente, há uma “fadiga da quarentena”.
O Mississippi está entre os Estados americanos onde vários surtos de coronavírus entre alunos e professores foram relatados desde a volta das aulas presenciais, em julho e agosto. A cidade de Nova York, o maior distrito escolar do país, com mais de 1 milhão de alunos, tem retomado as atividades nas escolas gradualmente nesta semana.
Entre 1º de março e 19 de setembro, o País registrou oficialmente 277.285 casos e 51 mortes de coronavírus em crianças de 5 a 17 anos, com um aumento em setembro após um pico e um declínio durante o verão, segundo relatório dos CDC.
