Depois da polêmica envolvendo Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, autorizados pela maternidade Perinatal a levarem um fotógrafo profissional durante o nascimento do filho Zyan, a Justiça do Rio de Janeiro permitiu a uma mãe ter o mesmo direito do casal de famosos de contar com a presença de uma fotógrafa na sala de parto.
LEIA MAIS:
- Maternidade recebe reclamações após Giovanna Ewbank divulgar foto do filho
- 5 fotos que você deve fazer na maternidade
- Por dentro do quarto do bebê de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso
“A presença de apenas mais uma pessoa, ainda que de fato possa gerar maior risco de contaminação, por si só, não tem o condão de aumentar significativamente o número de pessoas na sala de parto. Soma-se, ainda, que já foram flexibilizadas medidas de distanciamento social pelo Estado do Rio de Janeiro e do município do Rio de Janeiro”, determinou o Juiz Otavio Barion Heckmaier, segundo a revista Crescer.
A decisão valeria desde que a fotógrafa utilizasse máscara e equipamentos de proteção individual, fosse submetida a testes prévios de temperatura, adotasse as medidas de higiene e ficasse o menor tempo possível dentro da sala de parto da maternidade.
O pai do bebê se pronunciou por meio de um texto. “O registro do nascimento de um filho com as imagens de um profissional, em um momento onde estamos isolados, sem visitas, sem nossos outros olhos e outros afagos, não é um simples desejo; ele representa uma memória de algo único e imensurável para um casal”, escreveu. “O vírus da fotógrafa da famosa não é menos nocivo que da ‘comum’. Vamos tentar ser justos e honestos desde nossos ‘nascimentos’ ou que valores esperamos passar adiante na educação dos nossos filhos?”, continuou.
Em entrevista à revista, a fotógrafa Amanda Vargas contou que o parto, que estava agendado para o dia 20, foi antecipado e aconteceu no dia da divulgação da liminar da Justiça (16). A profissional, que trabalha exclusivamente com registros de nascimentos há 5 anos, diz ter sido emocionante poder registrar o nascimento da primeira filha do casal diante dessa “luta” judicial.
“Quando veio essa restrição, eu me vi completamente sem chão, tendo todos os meus contratos cancelados. Sou mãe solo de duas meninas e vi minha fonte de renda indo a zero. Foi muito desesperador”, afirmou. “Porém, eu respeitei o posicionamento da Perinatal. Até que começaram a vazar as notícias de que flexibilizaram para alguns famosos. Achei muito injusto! Injusto comigo, como profissional, e injusto com todas as mães que sonharam em ter esse registro.”
A maternidade Perinatal havia recebido uma série de reclamações de pais que alegavam que o registro do nascimento do filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso foi feito por um fotógrafo, descumprindo a regra que proíbe a entrada de profissionais nos hospitais durante a pandemia do novo coronavírus.
Na ocasião, a instituição se posicionou sobre a polêmica nas redes sociais. “A Perinatal informa que sua política atual de não autorizar a presença de fotógrafos na sala de parto está mantida. Um gestor de uma de nossas unidades abriu uma exceção e autorizou a entrada de um fotógrafo que apresentou um teste negativo para covid-19, o que está em desacordo com o nosso protocolo. O referido fato está sendo apurado para adoção das devidas medidas disciplinares”.