Um estudo do Ministério de Saúde divulgado nesta terça-feira (4), durante a Semana Mundial de Incentivo ao Aleitamento, mostrou que a amamentação infantil evoluiu no Brasil na última década. Segundo o jornal O Globo, o índice de aleitamento materno cresceu expressivamente desde 2006.
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O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) revelou que, atualmente, 60% dos bebês de até quatro meses no país recebem amamentação exclusiva, o que representa um aumento de 15 vezes no período, assim como 45,7% dos bebês de até seis meses – um avanço de 8,6 vezes. Além disso, mais da metade (53%) das crianças brasileiras é amamentada ao longo do primeiro ano de vida. Vale lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças de até seis meses recebam amamentação exclusiva.
A pesquisa domiciliar coletou informações de quase 15 mil crianças de todo o País entre fevereiro de 2019 e março deste ano. Além de questionários, foram realizadas uma avaliação antropométrica e a coleta de sangue de crianças menores de cinco anos para a análise do estado nutricional e deficiências nutricionais.
Para os especialistas, entre as ações que tiveram impacto positivo na amamentação infantil no Brasil estão a ampliação de políticas públicas de incentivo e apoio às mães e a realização de campanhas informativas. A implementação de 220 bancos de leite humano e do método canguru e a ampliação da licença-maternidade para seis meses também contribuíram para a melhora nos índices.
Segundo a pediatra Ana Demier disse ao jornal, os números mostram um avanço importante, apontam que as políticas públicas são fundamentais e funcionam e que, apesar dos desafios do país, precisam ser ampliadas e chegar em diversas camadas sociais, os mais pobres, que têm maior dificuldade de acesso a informações e também serviços do governo.
A pandemia do novo coronavírus tem gerado impacto nos índices de aleitamento materno. A doação de leite materno, por exemplo, foi uma das áreas afetadas. O jornal aponta que houve queda em diversas regiões, segundo dados da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A entidade, entretanto, diz que os índices têm se normalizado após campanhas massivas de conscientização.