Auxílio emergencial tira 5,6 milhões de crianças da extrema pobreza - Cabeça de Criança

Auxílio emergencial tira 5,6 milhões de crianças da extrema pobreza

Auxílio emergencial tirou 5,6 milhões de crianças da pobreza extrema



O pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia do novo coronavírus evitou que 5,6 milhões de crianças de até 13 anos passassem a ficar abaixo da linha de extrema pobreza no Brasil. A estimativa obtida pelo Valor foi calculada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, do IBGE.

Auxílio emergencial tirou 5,6 milhões de crianças da pobreza extrema
Imagem de billy cedeno por Pixabay

LEIA MAIS:

O levantamento aponta que, em maio, 2,27 milhões de crianças brasileiras estavam abaixo da linha de extrema pobreza – ou seja, viviam com menos de US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia. Esse número representa 5,5% do total de pessoas inclusas nessa faixa etária. Caso não houvesse a distribuição do auxílio para trabalhadores informais e de baixa renda, o total de crianças em situação de miséria no Brasil seria de 7,9 milhões no mesmo período.

O cálculo já considera que as famílias dessas crianças continuariam recebendo o benefício do Bolsa Família. Se elas não fossem beneficiárias do programa nem tivessem o auxílio emergencial, o número de crianças em extrema pobreza subiria para 9,11 milhões em maio (22,2% do total).

A distribuição do auxílio emergencial contribuiu também para evitar o aumento da miséria da população em geral. Segundo os cálculos do Ibre/FGV, o benefício evitou que 19,17 milhões de pessoas caíssem na pobreza extrema em maio. Sem o auxílio de R$ 600, a parcela da população nessa situação saltaria de 4,2% (8,83 milhões de pessoas) para 13,3% (28 milhões de pessoas).

A análise ainda considerou outra faixa de renda, a da linha de pobreza – critério usado para classificar quem vive com até US$ 5,50 por dia. Nesse caso, o auxílio emergencial também evitou que 6,6 milhões de crianças caíssem na pobreza. Sem ele, o número de crianças nessa situação teria subido de 14,9 milhões (36,4% do total) para 21,5 milhões (52,5% do total)

  • Back to top