Manaus completa 1 mês de reabertura de escolas públicas com bons exemplos, mas também sobrecarga de professores e riscos - Cabeça de Criança

Manaus completa 1 mês de reabertura de escolas públicas com bons exemplos, mas também sobrecarga de professores e riscos

Manaus completa 1 mês de reabertura de escolas públicas com bons exemplos, mas também sobrecarga de professores e riscos



Manaus completa 1 mês de reabertura de escolas públicas com bons exemplos, mas também sobrecarga de professores e riscos
Imagem de Cole Stivers por Pixabay

Primeira capital do Brasil a retomar as aulas na rede estadual, Manaus completa um mês de reabertura de escolas públicas com bons exemplos, mas também sobrecarga de professores e riscos de contaminação ao coronavírus. O G1 observou pontos positivos e negativos no funcionamento das instituições de ensino.

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Nas escolas de Manaus, foram adotadas medidas de segurança, como sabão nas pias, álcool gel, medição de temperatura na entrada e distribuição e obrigatoriedade do uso de máscara, mas nem sempre há papel. Cartazes informativos estão fixados nas paredes com o objetivo de orientar alunos e funcionários. Além disso, os próprios estudantes “fiscalizam” os colegas no cumprimento das regras.

Na merenda, apenas alimentos “secos”, ou seja, que não precisam de preparo – bolachas, sucos em caixinha e frutas – estão sendo distribuídos. Os estudantes dizem também que as aulas presenciais permitem melhor assimilação do conteúdo. Segundo Mônica Fernandes, de 17 anos, os professores estão revisando o conteúdo na volta às aulas presenciais.

Mas nem todos os aspectos são positivos. O distanciamento entre as carteiras dos estudantes não chega a 1,5 metro. Os estudantes respeitam as medidas sanitárias dentro da escola, mas não cumprem as regras fora do ambiente escolar. Há ainda o risco de contaminação no transporte coletivo lotado.

Entre os professores, há sobrecarga de trabalho com o rodízio de alunos, visto que precisam dar aulas presenciais e remotas. Além disso, muitos educadores têm faltado com mais frequência, e os alunos são avisados apenas quando já estão na escola. Os professores contaminados com a covid-19 também não são substituídos imediatamente, deixando uma lacuna na grade horária dos estudantes.

Apesar das medidas sanitárias adotadas, os educadores relatam medo e insegurança nas salas de aula. “Vou para sala preocupado e tento tomar todas as medidas possíveis. Sempre estou limpando as mãos, não tiro a máscara, levo minha água, não tomo a água da escola. Se eu quiser comer alguma coisa, levo de casa, não uso mais o banheiro. Estou tentando evitar. Mas eu vou para a sala com medo”, disse um professor, que preferiu não ser identificado.

No dia 10 de agosto, 4.520 mil professores voltaram às 123 escolas da rede estadual. O ano letivo deve ir até 14 de dezembro. Na rede municipal de Manaus, as escolas reabriram apenas para os estudantes que não têm acesso à internet. Já a rede particular da capital foi a primeira do País a retomar as atividades presenciais, no dia 6 de julho.

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