O hospital e maternidade Sepaco, em São Paulo, cobrou uma taxa pré-parto no valor de R$ 1800 de mães que levaram mais de seis horas no centro obstetrício. Segundo reportagem do Universa, algumas mulheres relataram que não foram previamente informadas da cobrança pelo uso das salas PPP (pré-parto, parto, pós-parto) e se dizem desrespeitadas pela instituição.
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Uma das mulheres entrevistadas, Luciana Ferreira Silva, teve um parto humanizado e, posteriormente, recebeu a cobrança de R$ 1800, por ter permanecido mais de seis horas no centro obstétrico. Ela afirma que não foi informada previamente sobre a cobrança e que seu convênio cobre o uso da maternidade.
Em nota, o Sepaco informou que “quando a equipe ou a gestante preferem utilizar a acomodação antes do momento necessário e preconizado, o tempo de permanência nestas salas se alonga demais, o que impede a utilização da sala por outras gestantes que efetivamente precisariam estar ali, e geram custos que, em muitos casos não são cobertos pelo plano de saúde.”
O hospital alega que “quando as gestantes permanecem em qualquer outra acomodação durante a fase inicial do trabalho de parto, nenhuma cobrança adicional é realizada e todos os recursos são disponibilizados para estimular o parto normal.
Para defensores do parto humanizado, a cobrança da taxa pré-parto de R$ 1800 de mães que levaram mais de seis horas no centro obstetrício pode encorajar mais mulheres a optarem pela cesárea, desestimulando a realização de partos normais.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo o hospital e maternidade Sepaco. Em abril, a instituição foi contestada por gestantes e doulas depois de proibir a entrada de profissionais de parto humanizado e teve de voltar atrás da decisão.
Durante a pandemia do novo coronavírus, as maternidades em São Paulo tinham reduzido o número de profissionais externos. Em condições normais, as gestantes podem contratar uma equipe externa para acompanhá-las e assisti-las durante o parto humanizado.