#Mais lidas 2019: Mito ou verdade: Grávidas devem evitar gatos? - Cabeça de Criança

#Mais lidas 2019: Mito ou verdade: Grávidas devem evitar gatos?

Mito ou verdade: Grávidas devem evitar gatos?



Mito ou verdade: Grávidas devem evitar gatos?
Mito ou verdade: gatos são perigosos para grávidas? / Foto: Joanna Malinowska

Quase toda grávida já ouviu falar que conviver com gatos nesta fase da vida é muito perigo, porque eles podem transmitir toxoplasmose, doença causada pelo parasita Toxoplasma gondiique. A toxoplasmose pode gerar problemas seríssimos para o feto, como má-formação, risco de aborto ou parto prematuro.

Mas será que isso é mesmo verdade?

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Segundo a veterinária Luana Sartori, especialista da fabricante de ração Nutrire, nenhuma grávida precisa se afastar de seu gatinho durante a gestação. Veja perguntas e respostas sobre gatos, gravidez e toxoplasmose:

* Gatos podem transmitir toxoplasmose?
Sim, podem. Mas, para que o parasita seja transmitido, o gato precisa estar infectado e a pessoa tem que ingerir as fezes do felino. Além disso, o ooscisto, uma espécie de cápsula que contém o parasita, só se abre e pode causar contágio depois de alguns dias.

Segundo a organização norte-americana Humane Society, o oocisto precisa de um tempo de incubação de um a cinco dias antes de causar infecções. Ou seja, quem limpa diariamente a caixinha de areia do seu pet e pratica uma boa higiene das mãos após essa limpeza deve ficar livre do problema.

* A gestante deve evitar contato com gatos ou doar o seu bichano?
Não existe razão para isso, pelo contrário, os felinos fazem parte da família e essa relação só deve melhor com a chegada de um bebê humano em casa”, diz Luana.

Mesmo com o risco muito baixo de entrar em contato com o parasita por meio das fezes do gato, se a gestante estiver insegura pode usar luvas no manuseio das necessidades do pet, ou pedir para que outra pessoa da família cuide da limpeza da areia do animal.

Os gatos são infectados pela toxoplasmose quando apenas se comerem ratos, passarinhos ou outros bichinhos que estejam contaminados. Ou seja, gatos domésticos que não têm acesso à rua não correm riscos.

* Quais são as formas mais comuns de contágio da toxoplasmose?
As formas de contágio mais comuns são a ingestão de carne contaminada mal cozida ou crua, ou de alimentos contaminados pelo uso de facas ou objetos que tiveram contato com carne contaminada. De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses, é maior o risco de pegar toxoplasmose pela ingestão de carnes cruas ou semi cruas do que no contato com gatos.

Além disso, a toxoplasmose pode ser transmitida por meio de água contaminada ou frutas e verduras sujas com terra contaminada e que não foram higienizadas corretamente.

* Como preparar o gato para a chegada de um novo membro na família?
Deixe o gatinho cheirar as roupinhas do bebê, e não deixe de dar atenção para o pet. Mostre que ele não perderá o lugar e o espaço dele na casa.

Apare as unhas do gato frequentemente e mantenha-o vermifugado e vacinado. As idas ao veterinário devem ser uma vez ao ano para animais saudáveis e de seis em seis meses para animais idosos.

Quando o bebê nascer, não haja como se fosse proibido o acesso ao gato. Ao contrário, permita que ele se aproxime e veja o que está acontecendo, tudo com a devida supervisão, claro. 
“Já está confirmado que os animais melhoram, inclusive, a saúde dos bebês. Os animais reforçam o desenvolvimento da imunidade e também combatem alergias nas crianças”, diz Luana. “Cães e gatos são terapêuticos e relaxantes para todas as faixas etárias”, completa a veterinária.

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