Saiba mais sobre a vacina BCG, uma das mais importantes da infância

Saiba mais sobre a vacina BCG, uma das mais importantes da infância

vacina BCG



Dia 1 de julho é o Dia da Vacina BCG, celebrado no dia em que essa imunização foi criada.  A data chama a atenção para a importância da vacina BCG, que previne as formas graves de tuberculose, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo). A doença é causada por bactérias como o bacilo de Koch, ou Mycobacterium tuberculosis, e o bacilo de Calmette-Guérin, que compõe a vacina e deu origem à sigla BCG. As bactérias são transmitidas pela saliva e materiais contaminados.

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A BCG é obrigatória desde 1976. É uma vacina de dose única e deve ser aplicada em crianças entre 0 e 4 anos, com exceção dos bebês com menos de 2 Kg e aqueles cujas mães fizeram uso de medicamentos imunossupressores durante a gestação. De preferência, a vacina deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida do bebê, ainda na maternidade.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, ela também é indicada para pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra) e estrangeiros ainda não vacinados e que estejam de mudança para o Brasil.

Reação natural

A SBI também alerta que, na maioria das vezes, há uma reação no local da aplicação da vacina. A reação começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação e evolui para uma pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando. Mas é importante não aplicar medicamentos ou curativos nessa área, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina. A resposta à vacina demora cerca de três meses, podendo se prolongar por até seis meses.

Um estudo publicado na revista científica “Science” mostrou que existem evidências que a BCG e a vacina contra a poliomielite protegem contra uma grande variedade de infecções, incluindo as respiratórias.

BCG contra o coronavírus

A BCG também está sendo testada contra o coronavírus em pesquisas feitas nos Estados Unidos, na Holanda e na Austrália. Os estudos surgiram depois que algumas estatísticas mostraram que países que usam amplamente essa têm uma taxa menor de infecções por coronavírus do que outras nações que não seguem o mesmo protocolo.

Porém, algumas pesquisas já realizadas, como esta feita pela faculdade de medicina da Universidade de Tel Aviv, e publicada no jornal científico “Journal of the American Medical Association“, apontam que não há evidências de um efeito protetivo da vacina contra o coronavírus.

Segundo a pediatra Flávia Oliveira, médica pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a ideia desses estudos não é que essas vacinas possam prevenir completamente a covid-19, mas que possam diminuir a gravidade da doença e preparar o sistema imunológico inato para combater o vírus. É preciso aguardar os resultados de novos estudos para saber se essa suspeita irá se confirmar.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, mais de 40 mil casos de meningite tuberculosa são prevenidos por ano.

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