Com a pandemia do coronavírus, as mulheres estão trabalhando em casa por mais tempo do que trabalhavam presencialmente. E isso está acabando com a saúde mental delas.
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Uma pesquisa realizada pela “4 Day Week Campaign” e compartilhada com o jornal inglês The Independent, descobriu que é 43% mais prováveis que as mulheres tenham aumentado sua carga horária de trabalho diária durante a quarentena do que os homens.
E para as mães, isso também esteve ligado a doenças mentais: 83% das mulheres que cuidaram dos filhos e também trabalharam durante a quarentena sofreram de algum distúrbio emocional em abril – o pico da pandemia na Europa.
De acordo com Joe Ryle, do 4 Day Week Campaign, é preocupante que o trabalho remoto fez as pessoas trabalharem mais, e não menos.
Pesquisadores apontaram que houve um aumento de 49% na prevalência de problemas mentais entre os trabalhadores se comparados ao período de 2017 a 2019. O estudo, intitulado “Burnout Britain: Overwork in an age of unemployment” aponta que a recessão e o desemprego está nos levando a uma crise de saúde mental em massa.
Mary-Ann Stephenson, diretora do Women’s Budget Group e doutora em Direito, disse que essa pesquisa levanta uma atenção especial às mulheres, que além de balancear o cuidado com os filhos e o trabalho remoto, também têm que se preocupar com a saúde dos familiares e outras obrigações.